Alberto de Lima Renzo, 14/01/99:

Como acompanhador e admirador do site gostaria de fazer uma colocação em relação ao artigo do Piranha.

No mesmo consta que o MAA-1 teria uma ogiva de 20kg, o dobro da ogiva do SideWinder:(10kg) devido a uma possível: "deficiência no mecanismo de busca e nos detonadores de proximidade". Realmente não posso contestar tal opinião já que qualquer informação referente ao míssil divulgada até agora é limitada. Mas apesar de achar seu ponto de vista bastante lúcido talvez exista outra possibilidade!

Apesar do SW ter uma ogiva 100% menor ele tem um peso total de 87Kg contra 80kg do MAA-1, muito próximos, se o MAA-1 realmente tivesse uma deficiência na sua espoleta de proximidade e os técnicos tenham resolvido contorna-la com um aumento de explosivo seria lógico que o míssil tivesse uma peso maior, uma vez que tal deficiência só seria percebida na parte final do projeto, mas não o MAA-1 é bem mais leve que o SW. Subtraindo-se as ogivas de ambos os mísseis temos 77kg para o SW e 60kg para o MAA-1. Isso mostra que o projeto do MAA-1 em si é bem mais leve do que o SW propositalmente, talvez para lhe dar maior manobrabilidade! A informação que o MAA-1 teria o mesmo alcance que o SW (8km) confirma a hipótese de que a ogiva maior tenha sido propositalmente escolhida pois o MAA-1 não teve seu alcance sacrificado na última hora, e mais importante que seus sensores IR tem capacidade semelhante

Neste contexto ao invés de um problema eu sou levado a enxergar uma qualidade! O MAA-1 com um peso final menor os técnicos decidiram aumentar a sua ogiva dando-lhe maior letalidade já que havia uma boa margem até o suposto padrão de peso para mísseis desta classe (Sidewinder)

nota:

todo os dados do míssil Side Winder foram retirados do Jane's reference
sobre o MAA-1 tive que usar os dados fornecidos por vc!

vale ressaltar também que muitos mísseis da categoria têm desempenho inferior do que o suposto para o MAA-1, como por exemplo o Magic II Francês o PL-7 Chinês e o R-60M Russo
 

Matra Magic II (França) AIM-9L/9M/9S 
Length: 2.75 m  
Body diameter: 157 mm  
Wingspan: 0.66 m  
Launch weight: 90 kg  
Warhead: 13 kg HE frag  
Fuze: RF  
Guidance: IR  
Propulsion: Solid propellant  
Range: 5 km 
Length: 2.87 m  
Body diameter: 127 mm  
Wingspan: 0.64 m  
Launch weight: 87 kg  
Warhead: 9.5 kg HE blast frag  
Fuze: Active laser  
Guidance: IR  
Propulsion: Solid propellant  
Range: 8 km 

 

 

João Luiz Dallamuta Lopes, 04/12/98:

Com a homologaçao do missel MAA-1 Piranha finalmente o brasilterá umengenho inteligente de fabricaçao nacional, foram 22 anos deespera poreste missil, tempo este que em boa parte é fruto da pouca vontade politica do nosso governo mas tambem das decisoes equivocadas daFAB quando este foi pasado para as maos de empresas sem experiencia neste tipo de projeto de quaquer forma ele esta pronto. Agora que demos o primeiro passo e possuimos um engenho de alta qualidade nao seria a hora de pensar em uma familia de misseis brasileiros aproveitando a cabeça de guiagem do piranha pra criaçao de um sistema SAM que possibilitase atender as necessidades das tres forças armadas. Nao um sistema SAM nos moldes do CHAPARRAL americano haja vista que os misseis SAM precisam de um motor de grande impulso inicial coisa que se mantida a celula basica do MAA-1 degradaria muito seu desempenho, mas um projeto de celula totalmente novo aproveitando a eletronica, espoletagem e servo-mecanismos do Piranha. O missel que proponho teria o desempenho semelhante ao do Rapier britanico e poderia ser utilisado pela FAB na defesa de suas bases aereas, bem como de qualquer instalaçao de natureza estrategica, pelo exercito na defesa de ponto em areas do fronte seja do modo fixo ou montado no chassi de um blindado que pode ser muito bem o URUTU ou um chassi medio sobre lagarta. Para a marinha este projeto serviria pra melhorar a capacidade de defesa anti-aerea de ponto das corvetas INHAUMA e desenvolvida devidamente alguma capacidade anti-missil poderia ser obtida. Veja que esta arma serve aos intereses das tres forças e seria uma oportunidade unica de um grande programa de cooperaçao agora que elas estarao unidas no novo ministerio da defesa. É necessario mudar a mentalidade no brasil de ciumes entre as tres forças armadas, ja imaginou se a aeronautica abrise mao da exclusividade de avioes de asa fixa a uns 15 anos atras, talves a marinha tivese intereceem uma versao navalisadada AMX e arcase com parte dos custos do seu desenvolvimento e o numero de celulas subiria das 79 originais pra umas105 o que sem duvida baratearia o valor unitario e daria a este aviao um programa de armamento estado da arte que ele tanto carese. Agora neste mesmo programa o que temos é uma reduçao do numero de entregas e atrasos na entrada do radar, bem como a ausencia de armas para que ele cumpra todas as missoes que tem potencial.

Joao Luiz Dallamuta Lopes